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quinta-feira, 29 de julho de 2021

Dia do Nascimento da Princesa Isabel

29 de Julho

Princesa Isabel marcante personagem na História do Brasil
É com muito gosto que atendo ao pedido de Catolicismo de escrever algo sobre minha bisavó, a Princesa Isabel. Máxime porque, embora seja venerada no Brasil como a Redentora da raça negra, sua personalidade total não é geralmente conhecida. Dou aqui alguns traços, a fim de contribuir para esse conhecimento. Pouco se sabe, por exemplo, sobre seu vulto de grande dama, sua bondade bem brasileira e seu inalterável amor ao Brasil.
A Princesa Isabel era filha de D. Pedro II e de Da. Teresa Cristina Maria de Bourbon, das Duas Sicílias. Desse matrimônio nasceram quatro filhos –– um varão, duas mulheres e mais um varão. Os filhos homens morreram cedo, e portanto às filhas, Da. Isabel e Da. Leopoldina, transmitiu-se diretamente o direito à sucessão ao trono.
Isabel, a mais velha, nasceu em 20 de julho de 1848, batizada a 15 de novembro do mesmo ano com o nome de Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Rafaela Gonzaga, na capela imperial, pelo Bispo Conde de Irajá. Padrinhos por procuração: D. Fernando, rei de Portugal, e a rainha Maria Isabela, viúva de Francisco I das Duas Sicílias, sogra de D. Pedro II. Conta o livro de Hermes Vieira: “Antes do batismo, na escadaria da capela imperial, o Imperador, aproximando-se da filha e tomando-a nos braços, avançou um passo e a apresentou ao povo, que lá fora, curioso, comprimido, correspondeu ao gesto do monarca ovacionando Sua Alteza e aos soberanos do Brasil. Ouviram-se então os sons heróicos do Hino Nacional, confundidos com o vozerio consagratício da multidão, entoados pelas bandas de música postadas no passadiço e no coreto armado junto ao alpendre da torre da capela imperial”.
Uma princesa profundamente católica
Dia do Nascimento da Princesa Isabel

última fotografia da Família Imperial em Petrópolis, antes da proclamação da República


Da. Teresa Cristina, nossa terceira imperatriz, pertencia à Casa de Nápoles, que é profundamente católica. Esta esmerou-se sempre na aliança com o Papado, na defesa da Igreja. Por ocasião do chamado Risorgimento italiano (isto é, a unificação da península), a Casa de Nápoles perdeu seu trono porque não quis usurpar os Estados de outros soberanos, principalmente os Estados Pontifícios. Isto ocorreu em 1860, dez anos antes da queda de Roma, invadida pelas tropas garibaldinas. Garibaldi e a Casa de Sabóia concentraram todas as suas forças contra Nápoles, e só depois foram atacar os Estados Pontifícios. Da. Teresa Cristina recebeu e transmitiu arraigada formação católica à sua filha Isabel.
A Princesa Isabel realmente foi católica do fundo da alma até o fim da vida. Aos quatro anos, foi reconhecida solenemente como herdeira presuntiva do trono, e com 14 anos prestou o juramento de estilo perante as duas Câmaras da Assembléia. Em 1864 casou-se com o conde d’Eu, como resultado de um fato pitoresco e até comovedor.
D. Pedro II procurava noivos para suas duas filhas, as princesas Isabel e Leopoldina, e pediu à sua irmã Da. Francisca, casada com o príncipe francês de Joinville — daí o nome de nossa cidade em Santa Catarina — que procurasse para suas sobrinhas dois noivos apropriados, entre as Casas reais européias. Atendendo ao pedido, a Princesa de Joinville encontrou dois primos irmãos: o Duque de Saxe e o Conde d’Eu, este príncipe da Casa de Orleans, portanto muito proximamente aparentado com o marido dela. O Duque de Saxe estava destinado à Princesa Isabel e o Conde d’Eu a Da. Leopoldina. Mas, chegando aqui, os noivos viram que não combinavam, e resolveram trocar. A Princesa Isabel escreve, com muito charme: “Deus e nossos corações decidiram de outra maneira”.
O Conde d’Eu se casou então com a Princesa Isabel, e Da. Leopoldina com o Duque de Saxe. Hermes Vieira afirma: “o Conde d’Eu se sentia bem ao lado dela. Era simples, boa, afetuosa e pura. Possuía uma voz bem educada e tocava piano com sentimento e graça. Tinha uma sadia ingenuidade, uma singeleza de idéias, quer dizer, uma clareza de idéias admirável, além de muita sensibilidade. Isso, sem falar dos seus talentos, da sua instrução pouco comum para a época. Dominava corretamente o francês, o alemão e o inglês”. Formaram até o fim da vida um casal unidíssimo.
Por ser de convicções firmes, a princesa era difamada
Dia do Nascimento da Princesa Isabel

A Princesa Isabel e o Conde d’Eu com seus três filhos


Logo que a Princesa Isabel se estabeleceu com casa própria — no hoje palácio Guanabara, que era o palácio Isabel da época — procurou, em seu papel de princesa herdeira mas não regente, fomentar uma vida cultural e social no Rio de Janeiro. Promovia então toda semana um serão e um jantar, mais elegante ou menos, mais cultural ou menos. Isso para fomentar a cultura geral na Corte. Esses serões eram muito concorridos. O próprio Imperador ia uma vez por semana à casa da filha para jantar.
Em 1871, por motivo da viagem do casal imperial, Isabel prestou juramento como Regente do Império perante as duas Câmaras. “Juro manter a Religião Católica Apostólica Romana, a integridade e indivisibilidade do Império, observar e fazer observar a Constituição política da Nação Brasileira e mais leis do Império, e prover o bem do Brasil quanto a mim couber. Juro fidelidade ao Imperador e entregar-lhe o governo logo que cessar o seu impedimento”.
Nesse mesmo ano, a 27 de setembro, sendo presidente do Conselho o visconde do Rio Branco, pai do barão do Rio Branco, foi votada a Lei do Ventre Livre, na sessão que ficou chamada Sessão das Flores. Quando foi aprovada a Lei do Ventre Livre, uma chuva de rosas desatou-se no plenário da Assembléia. O ministro dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, Mr. Partrige, colheu algumas dessas flores, e disse: “Vou mandar estas flores para meu país, para mostrar como aqui se fez uma lei que lá custou tanto sangue”. A Guerra de Secessão nos Estados Unidos custara 600 mil mortos...
Em 1876, na segunda regência, começou uma campanha de detração promovida pelos círculos republicanos, positivistas e anticlericais contra a Princesa Isabel, por causa de seu catolicismo. Tais círculos viam que ela — por sua firmeza de princípios, por sua formação profundamente católica, mas também pelo pulso que demonstrou nas regências — seria uma imperatriz que faria da Terra de Santa Cruz realmente uma bela exceção no mundo. Ela exerceria uma profunda influência por sua autenticidade, sua cultura, sua religiosidade, e por tudo aquilo que pode elevar o espírito de um povo. Isso os referidos círculos não desejavam de nenhum modo. Começaram então a campanha de detração: ela era feia; era carola; era boba; não era patriota; não gostava do Brasil; preferia ter médicos franceses a brasileiros, e outras calúnias. O Conde d’Eu, que sofria de surdez, era chamado de surdão, arrogante, e mantinha cortiços de aluguel. Até a surdez — da qual ele evidentemente não tinha culpa — era assacada em meio às calúnias. De tal maneira que, pouco a pouco, esse casal foi sendo demonizado, para se evitar que mais tarde ele subisse ao trono. Dizia-se, em certos círculos, que era preciso proclamar a república logo, porque se a Princesa Isabel assumisse o poder, acabaria com todo esse movimento ateu, positivista e republicano. Ela teria pulso e prestígio para fazer isso. Tornou-se corrente a frase: “Precisamos fazer a república enquanto o velho está vivo, senão a filha dará cabo de nós”.
A Princesa Redentora da raça negra
Em 1888 a Princesa Isabel, sendo novamente regente, assinou a Lei Áurea. Tendo provocado a queda do gabinete Cotegipe, a Princesa chamara o Conselheiro João Alfredo Corrêa de Oliveira, que era abolicionista, à presidência do Conselho. Este fizera votar a Lei Áurea e a apresentara para a assinatura da Princesa Isabel. O Conde d’Eu, nessa ocasião, teve um momento de hesitação : “Não o assine, Isabel. É o fim da monarquia”. Ao que ela respondeu: “Assiná-lo-ei, Gaston. Se agora não o fizer, talvez nunca mais tenhamos uma oportunidade tão propícia. O negro precisa de liberdade, assim como eu necessito satisfazer ao nosso Papa e nivelar o Brasil, moral e socialmente, aos demais países civilizados”.
Depois da assinatura realizou-se grande festa no Rio de Janeiro, com grandes aclamações do povo. Estando a Princesa Isabel junto ao barão de Cotegipe na janela do palácio — o barão a estimava, embora estivessem em desacordo na questão da escravidão — ela perguntou-lhe: “Então, Senhor barão, V. Excia. acha que foi acertada a adoção da lei que acabo de assinar?”. Ao que o barão, com muito carinho, respondeu: “Redimistes, sim, Alteza, uma raça, mas perdestes vosso trono...”
D. Pedro II nesse momento estava em Milão, muito doente e com a perspectiva iminente de morte. Mas a 22 de maio ele sentiu certa melhora, e a Imperatriz teve a coragem de lhe dar a notícia da Abolição. Diz Heitor Lyra: “Enchendo-se de coragem, debruçada sobre a cabeceira do marido, deu-lhe com brandura a grande nova. O Imperador abriu lentamente os olhos emaciados e depois perguntou como quem ressuscitava: ‘Não há mais escravos no Brasil?’. ‘Não – respondeu a Imperatriz – a lei foi votada no dia 13. A escravidão está abolida’. ‘Demos graças a Deus. Telegrafe imediatamente a Isabel enviando-lhe minha bênção e todos os agradecimentos para o País’. Houve um momento de silêncio. A emoção dos presentes era grande. Virando-se lentamente, o Imperador acrescentou, numa voz quase sumida: ‘Oh! Grande povo! Grande Povo!’ O telegrama que foi mandado à Princesa Isabel tinha o seguinte teor: ‘Princesa Imperial. Grande satisfação para meu coração e graças a Deus pela abolição da escravidão. Felicitação para vós e todos os brasileiros. Pedro e Tereza’”.

Apesar de tudo, continua a detração contra a monarquia

O Papa Leão XIII resolveu premiar a Princesa Isabel com a maior distinção que os Soberanos Pontífices davam a chefes de Estado e a pessoas de grande relevo, nas ocasiões em que adquiriam méritos especiais. Enviou-lhe a Rosa de Ouro, que foi entregue a 28 de setembro de 1888, no 17o aniversário da promulgação da Lei do Ventre Livre. A data foi escolhida pelo próprio Núncio Apostólico, para a cerimônia que se realizou com toda magnificência na capela imperial. Entretanto, apesar de tudo, continuou a campanha de detração contra a monarquia, agora dirigida especialmente contra o Imperador: o velho está gagá; ele dorme o tempo todo; o Conde d’Eu e a Princesa Isabel vão se tornar tiranos aqui. Uma série de calúnias foi espalhada por todo o País.
A 15 de novembro, os militares que estavam no Rio de Janeiro — eram minoria, representavam um terço do Exército brasileiro — proclamaram a República. O golpe foi totalmente alheio à vontade do povo. Tanto que os republicanos embarcaram a Família Imperial rumo ao exílio, à noite, para que não houvesse reação popular. Na partida, a Princesa Isabel passando junto à mesa onde havia assinado a Lei Áurea, bateu nela o punho fechado e disse: “Mil tronos houvera, mil tronos eu sacrificaria para libertar a raça negra”.
D. Pedro II recusou 5 mil contos de réis — cerca de 4 toneladas e meia de ouro, uma fortuna — que lhe ofereceram os revoltosos, porque, dizia, o novo governo não tinha direito de dispor assim dos bens nacionais. Da. Teresa Cristina, mal chegando a Portugal, morreu de desgosto no Grande Hotel do Porto. Eu lá estive há alguns anos, quando o hotel inaugurou uma placa em memória dela. E D. Pedro II faleceu a 4 de dezembro de 1891, no Hotel Bedfor, em Paris, onde uma placa recorda o passamento do ilustre hóspede. Tal era o prestígio que cercava sua pessoa, que a República francesa concedeu-lhe funerais completos de Chefe de Estado.
Conde d’Eu possuía um castelo na Normandia, mas ele e a Princesa Isabel compraram um palacete em Boulogne-sur-Seine, que é um nobre bairro periférico de Paris. Lá ela abria seus salões para os brasileiros que iam visitá-los. E não só isso. Conseguiu se impor na sociedade parisiense a tal ponto, que várias memórias de personalidades da época a apresentam quase como uma rainha daquela sociedade. Era tida mesmo como a principal personagem. Somente ela e o presidente da República podiam entrar de carruagem no pátio interno da Ópera de Paris.
Uma hindu, que se tornaria mais tarde Maharani de Karputhala, escreve em suas memórias que ela via a Princesa Isabel como uma verdadeira rainha, uma fada. Não só isso — rainha e fada — mas também com toda a bondade brasileira e católica, característica da Princesa Isabel. A Maharani narra que, quando menina, de passagem pela capital francesa, teve uma crise aguda de apendicite. Operada com os recursos incipientes da época, passou longa convalescença no hospital. A sociedade parisiense toda, curiosa, ia visitá-la. Ela dizia que se sentia um bichinho exótico, que as pessoas iam vê-la como num zoológico. E a única que foi visitá-la com bondade e para lhe fazer bem foi a Princesa Isabel. Ela conta que minha bisavó aproximou-se do seu leito, agradou-a muito, acariciou-a e consolou-a. E no fim, disse: “Minha filha, eu não sei que religião você tem. Mas sei que há um Deus que ama todas as crianças do mundo. Aqui está uma imagem da mãe d’Ele. Guarde-a consigo, e quando você estiver numa grande aflição, peça a Ela para interceder junto ao seu Filho”. Infelizmente a Maharani não se converteu à Igreja Católica, permaneceu pagã até o fim da vida, mas nos momentos de apuro ajoelhava-se diante da imagem de Nossa Senhora, que a Princesa Isabel tinha lhe dado. Porque sabia que seria atendida.

Santos Dumont, testemunha da bondade da Princesa

Santos Dumont, nessa época, realizava suas experiências em Paris. Sabendo que ele passava muito tempo no campo onde fazia seus experimentos, a princesa mandava-lhe farnéis a fim de que ele não precisasse voltar à cidade para almoçar. Certa vez, escreveu-lhe: “Sr. Santos Dumont, envio-lhe uma medalha de São Bento, que protege contra acidentes. Aceite-a e use-a na corrente de seu relógio, na sua carteira ou no seu pescoço. Ofereço-a pensando em sua boa mãe, e pedindo a Deus que o socorra sempre e ajude a trabalhar para a glória de nossa Pátria. Isabel, Condessa d’Eu”. Santos Dumont usou a medalha por toda a vida. E noutra ocasião disse-lhe: “Suas evoluções aéreas fazem-me recordar nossos grandes pássaros do Brasil. Oxalá possa o Sr. tirar de seu propulsor o partido que aqueles tiram de suas próprias asas, e triunfar para a glória de nossa querida Pátria”.
Muito tocante também é o fim da carta que ela escreveu ao Diretório Monárquico para anunciar os casamentos de seus filhos mais velhos. O Diretório era composto pelo Conselheiro João Alfredo Corrêa de Oliveira, pelo Visconde de Ouro Preto e pelo Conselheiro Lafayette de Oliveira. A carta é datada de 9 de setembro de 1908: “Minhas forças não são o que eram, mas o meu coração é o mesmo para amar a minha Pátria e todos aqueles que lhe são dedicados. Toda a minha amizade e confiança”. Era o jeito brasileiro, a bondade brasileira perfeitamente encarnada naquela nobre dama.
Mesmo longe do Brasil, tudo fazia para engrandecer o País
Outra amostra de seu profundo interesse pelo Brasil está registrada numa carta ao Cons. João Alfredo. O Banco do Brasil –– não me recordo em que mandato presidencial ocorreu o fato –– estava num descalabro republicano: desordem total, contas que não estavam acertadas, funcionalismo completamente rebelde. E o presidente da República de então concluiu que o único que teria inteligência, força, garra e pulso para pôr ordem naquela situação seria o Cons. João Alfredo, e o convidou a assumir a presidência do Banco do Brasil. João Alfredo respondeu: “Eu sou monarquista, e portanto só posso aceitar esse cargo se a minha Imperatriz autorizar”. Escreveu à Princesa Isabel, explicando o caso. E ela respondeu-lhe: “Para o bem de nossa Pátria, o Sr. deve aceitar”. João Alfredo assumiu a presidência do Banco do Brasil, pôs em ordem o funcionalismo e acertou a contabilidade. Pagou todos os atrasados, todas as dívidas, deixando tudo em perfeito estado. Depois pediu demissão e morreu pobre, pois não recebeu nada por aquela importante gestão.
Em carta à irmã de um monarquista eleito deputado, Ricardo Gumbleton, de tradicional família paulista, o qual não queria aceitar o cargo de deputado, a Princesa observa: “Não concordo, absolutamente! Diga a seu irmão que ele deve aceitar a cadeira de deputado e propugnar pela grandeza moral, econômica e social de nossa Pátria. Não aceitando é que ele estará procedendo de maneira contrária aos interesses da coletividade. Não nos deve importar o regime político sob o qual esteja o Brasil, mas sim conseguir-se colaboradores de boa vontade capazes de elevar o nosso País. De homens como ele é que o Brasil precisa para ascender mais, para fortalecer-se mais. Faça-lhe sentir que reprovo sua recusa”. Esse fato revela uma vez mais que ela procurava colocar o bem do Brasil acima dos próprios interesses.

Na França, representou o que havia de melhor do Brasil

Ela ainda viveu até 1921. Cada vez mais fraca, mas conservando sempre aquela grande classe, aquele grande porte que a caracterizava. Em suas fotografias no exílio, ela mantém um porte imperial que não apresentava aqui no Brasil. No infortúnio, a noção da sua missão foi se cristalizando cada vez mais. E realmente, nessas fotografias, sua atitude era de uma imperatriz. No batizado de meu pai, ela manifesta uma nobreza e uma categoria impressionantes. E foi assim até o fim da vida.
Morreu sem poder voltar ao Brasil. Representou na França o que havia de melhor do Brasil. Muito mais do que nosso corpo diplomático, muito mais do que nossos homens de negócio, ela foi um exemplo do que o Brasil era ou deveria ser. E a França entendeu isso. Assis Chateaubriand escreveu, em Juiz de Fora, a 28 de julho de 1934: “Apagada a sua estrela política, depois de vencida a tormenta da abolição, ela não tinha expressão dura, uma palavra amarga para julgar um fato ou um homem do Brasil. No mais secreto de seu coração, só lhe encontrávamos a indulgência e a bondade. Este espírito de conduta, esse desprendimento das paixões em que se viu envolvida, era a maior prova de fidelidade, no exílio, à pátria distante. Mais de 30 anos de separação forçada não macularam a alvura dessa tradição de tolerância, de anistia aos agravos do passado, que ela herdara do trono paterno. [...] Foi no exílio que ela deu toda a medida da majestade e da magnanimidade do seu coração. [...] Ela viveu no desterro [...] como a afirmação de Pátria, acima dos partidos e dos regimes. Debaixo da sua meiguice, da sua adorável simplicidade, quanta fortaleza de caráter, quanto heroísmo, quantas obras valorosas”.
Faleceu no castelo d’Eu. Apagou-se suave e docemente. A República reconheceu o que o Brasil tinha perdido. O presidente Epitácio Pessoa determinou três dias de luto nacional, e que fossem celebradas exéquias de Chefe de Estado. Também a Câmara Federal votou que seu corpo fosse trazido para o Brasil num vaso de guerra, o que só se realizou em 1953. Em 13 de maio de 1971, seu corpo e o do Conde d’Eu foram transladados solenemente à catedral de Petrópolis, e lá repousam à espera da ressurreição dos mortos e do Juízo final.
Essa foi a insigne mulher que nosso Brasil registra em sua história. Ela não foi uma intelectual. Foi princesa e patriota até o fundo da alma. Uma senhora que tinha consciência de ter nascido para o bem de um País. E encarnou essa missão na Pátria e no exílio até o fim de sua existência. Foi um modelo de princesa, de imperatriz e de católica. Ela foi o tipo perfeito de grande dama brasileira.
Fonte: www.fundadores.org.br

domingo, 25 de julho de 2021

Dia do Escritor

25 de Julho

Alguns Escritores Brasileiros
Graciliano Ramos (1892-1953)
Dia do Escritor
Ficção brasileira, poesia, e conta de drama para aproximadamente meio a produção literária da América Latina, calculou pelo número de títulos de indivíduo reserva.
O desenvolvimento literário no Brasil segue os períodos históricos principais do país basicamente - o Período Colonial, de 1500 até independência em 1822, caracterizou-se principalmente através de escritas no Barroco e do Arcadismo, além do Período Nacional desde 1822. Podem ser unidos movimentos literários importantes durante o Período Nacional ao desenvolvimento político e social do país: O Movimento Romântico em literatura coincidida basicamente com os 57 anos do Império; os Parnassianos e os Realistas floresceram durante as décadas iniciais da República, seguiu, ao redor da volta do século, pelo Symbolimo. No 20º século, a ascendência do Movimento Vanguardista ou do Modernista, com idéias de um esteticismo vanguardista, era célebre durante a Semana de Arte Moderna de São Paulo famosa em 1922.
Este movimento influenciou profundamente não só a literatura brasileira, mas também sua pintura, escultura, música, e arquitetura.
Muitos dos escritores notáveis do Período Colonial eram Jesuítas que foram hipnotizados pela terra nova e seus habitantes nativos. Entre o luminares deste período o Padre José seja de Anchieta (1534-1597), um poeta dedicou ao evangelização dos índios, e de Gregório Matos (1623-1696), que criou uma nova vertente de poesia composta de lirismo e misticismo mas é melhor conhecido por sua veia satírica , e o famoso pregador Padre Antônio Vieira (1608-1697). Os Árcades, Cláudio Manuel da Costa (1729-1789), Basílio da Gama (1740-1795), e Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810), escreveram poemas líricos e poemas épicos e também eram conhecidos pelo envolvimento de suas idéias no movimento de liberação chamado " Conspiração " de Minas (" Conjuração Mineira ").
A transferência, em 1808, da família real portuguesa para o Brasil trouxe com isto o espírito do Movimento Romântico europeu incipiente. Escritores brasileiros começaram a enfatizar liberdade individual, o subjectivismo, e uma preocupação com os assuntos sociais. Seguinte a independência de Brasil de Portugal, literatura Romântica se expandiu para exaltar a singularidade das regiões trópicais do Brasil e seus índios, os escravos africanos, e para descrições de atividades urbanas. Algumas das figuras literárias o mais famosas do Período Romântico eram os poetas, como Castro Alves (1847-1871) que escreveu sobre os escravos africanos e Gonçalves Dias (1823-1864) que escreveu sobre índios.
Manuel Antônio de Almeida (1831-1861) é creditado como o iniciador da literatura picaresca no Brasil. José de Alencar (1829-1877) escreveu vários romances populares inclusive Iracema sobre índios, O Guarani, um romance histórico, e romances em negócios regionais, sociais, e urbanos. Entre os novelistas do Período Romântico ainda é lido amplamente no Brasil hoje: Joaquim de de Manuel o Macedo (1820-1882), que escreveu A Moreninha, uma história popular, e Alfredo d'Escragnolle Taunay (1843-1899), o autor de Inocência.
O Parnasianismo na poesia era, no Brasil como na França, uma reação para com os excessos do Romantismo. A Tríade " de Parnasianos denominada " de poetas brasileiros - Olavo Bilac (1865-1918), Raimundo Corrêa (1860-1911), e Alberto de Oliveira (1859-1937) - escreveu poesia refinada na qual a personalidade do poeta se interessa por assuntos sociais foram obliterados ou olvidados.
Machado de Assis (1839-1908), amplamente aclamado como o maior escritor brasileiro do 19º século e além, era sem igual por causa da universalidade de seus romances e composições. Hoje, Machado de o Assis permanece um dos escritores mais importantes e influentes de ficção no Brasil. Os trabalhos dele cercaram o estilo Romântico e Realismo como exemplificou na Europa por Emile Zola e o novelista português, Eça de Queiroz.
A prosa de Euclides da Cunha (1866-1909), enfatizou uma literatura brasileira que retrata realidades sociais. O trabalho mais famoso dele, Os Sertões (Rebelião no Backlands), sobre uma revolta no nordeste conduzido por um religioso fanático, foi publicado em 1902. À volta do século a imaginação literária brasileira foi puxada a Simbolismo, representou por poetas Cruz e Souza (1861-1893) e Alphonsus de Guimarães (1870-1921). O Symbolista está interessado em misticismo e metáfora usando alegorias para expressar suas idéias.
Começando no 20º século, um estado inovador de mente saturou os artistas brasileiros e culminou na celebração da Semana de Arte Moderna no São Paulo. Este modo novo de pensamento propulsou uma revolução artística que atraiu a sentimentos de orgulho para folclore nacional, história, e ascendência. Participantes na Semana de Arte Moderna recorreram a experiências por escrito e em belas-artes conhecidas em outro lugar como Futurismo, Cubismo, Dadaismo e Surrealismo.
O poeta Menotti del Pichia resumiu os propósitos do movimento artístico novo com estas palavras: " Nós queremos luz, areje, ventiladores, aviões, as demandas de trabalhadores, idealismo, motores, que chaminés de fábrica, sangue, fazem andar depressa, sonham em nossa Arte ".
O líder mais importante da fase literária deste movimento era Mário de Andrade (1893-1945) que escreveu poesia, composições em literatura, arte, música, e folclore brasileiro, e Macunaíma que ele chamou " uma rapsódia, não um romance ". Oswald de Andrade (1890-1953) escreveu uma coleção de poemas que intitulou Pau-Brasil (Brazilwood) que avaliou cultura brasileira, superstições, e vida familiar em idioma simples, economicamente, e, pela primeira vez em poesia brasileira, com humor.
A transição para uma aproximação literária mais espontânea é representada por poetas como Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), cuja ironia era usada para dissecar as alfândegas do tempo, e Manuel Bandeira (1886-1968), que construiu associações de idioma ao redor de provérbios e expressões populares. Bandeira quis ser o último poeta " dele para ser eterno e diz o mais simples e menos coisas " intencional. O romance brasileiro moderno assumiu uma forma nova e um conteúdo social depois de José Américo de Almeida (1887-1969), que escreveu A Bagaceira, uma história pioneira sobre as condições severas de vida no nordeste. Ele foi seguido por Jorge Amado (1902 -), Graciliano Ramos (1892-1953), José Linsdo Rego (1901-1957), e de de Rachel Queiroz (1910 -), tudo notaram para o poder de suas imagens evocando os problemas e sofrimentos de vida na região nordeste onde eles nasceram.
Os primeiros romances de Jorge Amado, traduzidos em 33 idiomas, foram influenciados pesadamente pela sua convicção em idéias Marxistas e se concentraram nos sofrimentos de trabalhadores nas plantações de cacau em sua fazenda na Bahia e em pescadores humildes em aldeias de litoral. Nos 1950's ele optou para uma aproximação mais jovial às alegrias e duelos das classes médias de Bahia e produziu uma sucessão de livros que receberam aclamação mundial. Gabriela, Cravo e Canela é talvez os melhor conhecidos dos livros de Amado.
Dona Flor seus Dois Maridos proveu as escrituras para filmes, jogos, e televisão. Arguably o escritor brasileiro mais inovador de seu século era João Guimarães Rosa (1908-1967). Diplomata de carreira, ele capturou a atenção do público e críticos primeiro semelhante com um volume de histórias pequenas, Sagarana, logo seguido pelo melhor trabalho conhecido dele Grande Sertão,: Veredas. Cavando profundamente em mannerismos de fala da região de interior do litoral oriental, a Guimarães Rosa começou algo como uma revolução semântica. Ele ousou apresentar a seus leitores palavras com combinações cunhadas e sintaxe tão desenfreada que constituia quase um idioma novo.
Há muitos outros escritores de brasileiro notáveis. Gilberto Freyre (1900-1987), mestre de estilo e um pioneiro da escola nova de sociólogos brasileiros, é o autor de Casa Grande & Senzala, um estudo perceptivo de sociedade brasileira.
Um dos melhores poetas de brasileiro conhecidos é João de de Cabral Melo Neto (1918 -). a poesia dele é sóbria e ele usa palavras com a precisão com que um engenheiro usaria os materiais do edifício que está construindo. Menção especial deve ser feita de Vinícius de o Moraes (1913-1980). A sua poesia se tornou parte e pacote da bossa nova, movimento musical que produziu um estilo novo de samba de ritmo tipicamente brasileiro. Vinícius (como ele é conhecido mundialmente) também escreveu um jogo, Orfeu da Conceição que ficou internacionalmente famoso como o filme Orpheus Preto.
Entre o viver ou os novelistas recentemente falecidos, menção deveria ser feita de: Orígenes Lessa, Adonias Filho, Érico Veríssimo, Dinah Silveira de Queiroz, Lygia Fagundes Telles, Herberto Sales, Rubem Fonseca, Clarice Lispector, Dalton Trevisan, Nélida Pinõn, Osman Lins, e Moacir Scliar; e entre os poetas: Raul Bopp, Murilo Mendes, Augusto Frederico Schmidt, Mário Quintana, Cassiano Ricardo, o Jorge de Lima, Ferreira Gullar, Cecília Meireles, Augusto de Campos e Haroldo de Campos.
Fonte: www.culturabrasil.org

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Dia Nacional do Futebol

Muita gente não sabe, mas o esporte mais popular do país tem um dia só para ele! No ano de 1863, os representantes dos clubes de futebol ingleses, após seis reuniões na Freemason's Tavern, em Londres, fundaram o The Football Association.

A Associação redigiu um código com 13 regras que foram sendo modificadas até chegar ao número de 17.
Só em 1870 é que os times passaram a ter oficialmente 11 jogadores em campo.
A primeira partida entre seleções nacionais foi em 1872: Escócia x Inglaterra.
O jogo foi em Glasgow, na Escócia, e teve um público de 3500 espectadores, que não devem ter ficado muito satisfeitos com o resultado de 0 a 0! O futebol profissional começou em 1885 na Inglaterra.
A FIFA (Fédération Internationale de Football Association) surgiu mais tarde em Paris, no dia 21 de maio de 1904.
Quatro amigos apaixonados por futebol queriam promover jogos entre os países da Europa e, mais tarde, para o resto do mundo.
Os tais amigos eram o editor francês Jules Rimet, o industrial gráfico francês Henry Delaunay, o banqueiro holandês C. A. W. Hirschman e o advogado francês Robert Guérin. Aliás, Guérin foi o primeiro presidente da FIFA: de 1904 a 1906.
O primeiro brasileiro a dominar a nobre arte de controlar a bola e marcar gols era quase um inglês.
Charles Miller nasceu no Brás, em São Paulo, descendente de ingleses e escoceses.
Aos 9 anos, seguiu para a Inglaterra com a finalidade de estudar. Lá, aprendeu - e bem - a jogar futebol.
Quando desembarcou de volta ao Brasil, em 1894, Charles Miller se surpreendeu ao descobrir que ninguém praticava o esporte bretão por aqui. Sorte que trouxera duas bolas, uma agulha, uma bomba de ar e dois uniformes.
Nem é preciso dizer que o futebol tornou-se o esporte mais popular do país.
O futebol está presente mesmo nas cidades mais distantes, entre crianças da mais tenra idade: mal aprendem a andar, é comum que ganhem logo uma bola e daí já arriscam seus primeiros passes.
Crescendo neste meio onde o esporte é tão popular, é natural que surjam craques - e muitos.
Porém, poucos têm a chance de treinar em um grande clube e ficar famosos ou receber enormes salários como os que vemos na televisão.
Fonte: Canal Kids ; IBGE teen

domingo, 18 de julho de 2021

Dia do Trovador


Jorge Amado já disse: “Não pode haver criação literária mais popular e que mais fale diretamente ao coração do povo do que a trova. É através dela que o povo toma contato com a poesia e por isto mesmo a trova e o trovador são imortais”. Hoje é comemorado o Dia do Trovador. Volta Redonda tem representante na UBT (União Brasileira de Trovadores): Silvia Helena Xándy, que é delegada da entidade no município. E também um autor premiado, Pedro Viana Filho.
Silvia explica que o Dia do Trovador é comemorado nessa data por ser o dia do nascimento de Gilson de Castro (RJ), cujo pseudônimo literário é Luiz Otávio. “E por ele ter, juntamente com J.G. de Araújo Jorge, começado a estudar e propagar a quadra popular brasileira junto a um seleto grupo de poetas”, diz. Em 1960, depois de participar de um Congresso do GBT (Grêmio Brasileiro de Trovadores), em Salvador, Luiz Otávio implantou uma série de seções desta entidade no sul do Brasil.
Mas o que é trova? “A trova é uma composição poética concisa. É um micro poema, o menor da língua portuguesa, que deve obedecer a características rígidas”, enfatiza Pedro Viana. É preciso que a trova seja uma quadra, ou seja, tenha quatro versos (em poesia cada linha é denominada verso). E cada verso deve ter sete sílabas poéticas, ser setessilábico. As sílabas são contadas pelo som. Ter sentido completo e independente.
- O autor da trova deve colocar nos quatro versos toda a sua idéia. A trova tem apenas quatro versos, ou seja, quatro linhas. A trova, para ser bem feita, tem de ter um achado. Achado é algo diferente e que faça valer a pena ler a trova - explica.
Parece complicado. Afinal, é fácil fazer trovas? “Uma vez que a trova é composta de quatro versos ou linhas de sete sons, é só educar o ouvido e aprender a contar as sete sílabas métricas”, resume Pedro Viana, que nasceu em Barra do Piraí e mora em Volta Redonda. Licenciado em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia e Letras de Volta Redonda, onde se tornou diretor cultural e promoveu o primeiro concurso de trovas, em 1978.
Outro aspecto importante é que a trova tem que ter rima. Conforme Silvia, a rima poderá ser do primeiro verso com o terceiro e o segundo com o quarto, no esquema ABAB, ou ainda, somente do segundo com o quarto, no esquema ABCB. Existem trovas também nos esquemas de rimas ABBA e AABB. “Comece a trova sempre com letra maiúscula. A partir do segundo verso use letra minúscula, a menos que a pontuação indique o início de nova frase. Nesse caso, use a maiúscula novamente”, detalha a escritora, acrescentando que são três os gêneros básicos da trova:
Trovas líricas - Falando dos sentimentos, amor, saudade;
Trovas humorísticas (satíricas) - São as que fazem rir, engraçadas, tem bom humor;
Trovas filosóficas - Contendo ensinamentos, pensamentos.
NO BRASIL - A trova chegou ao Brasil com o os portugueses, continuou com Anchieta, Gregório de Matos, intensificou-se com Tomaz Antonio Gonzaga, Claudio Manuel da Costa, com os românticos - Gonçalves Dias, Casimiro de Abreu, Castro Alves, com os parnasianistas - Olavo Bilac, Vicente de Carvalho e com os modernistas - Mário de Andrade, Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade.
A trova é, hoje, o único gênero literário exclusivo da língua portuguesa. Originária da quadra popular portuguesa, encontrou campo fértil no Brasil, mas só depois de 1950 começou a ser estudada e difundida literariamente.
Conversa literária: exemplo de trova
(Pedro Viana Filho)
Para alguns eu sou benquisto
para outros, um atrevido...
Meu consolo é que nem Cristo
foi por todos compreendido.
As espadas ferem tanto,
como também os punhais...
A língua humana, entretanto,
é menor e fere mais.
O que na vida aprendi
e tenho aprendido mais,
provém das lições que ouvi
das tradições dos meus pais.
Trovador, qual o motivo
desse teu mundo risonho?
O segredo é porque vivo
envolvido no meu sonho!
Fonte: www.diarioon.com.br
Observatório Comunitário: Dia do Trovador

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Dia Nacional da Ciência

08 de Julho

Lei Nº 10.221, 18/04/2001

A criação desta data comemorativa contribui para a ampliação da consciência de que a Ciência, Tecnologia e Informação (CT&I) têm papel estratégico no esforço de desenvolvimento do País.
Continua em marcha o processo de concentração em mãos de alguns países dos avanços e da inovação de alto nível. Na era digital, aprofundam-se o hiato da informação, assim como o fosso entre o saber e saber fazer, de um lado, e do não saber nem saber fazer, de outro.
Para reverter as tendências negativas e, ao mesmo tempo, buscar inserção competitiva no mercado mundial, multiplicam-se os esforços, com prioridade para a CT&I por parte dos países emergentes – como a China, Brasil e Índia, bem como da Coréia do Sul, que em muitos aspectos já pode ser considerada como nação desenvolvida.
No País, demos passos iniciais, mas firmes, na direção do avanço da CT&I. Para além disso, Governo e Sociedade estão conscientes de que é preciso fazer muito mais e de forma sustentada. Sabemos que esta será uma década de decisões dramáticas, com vistas à adoção de políticas públicas que permitam ao Brasil aspirar a uma posição no pelotão mais avançado da pesquisa e desenvolvimento mundiais. Nossa opção, está feita; a sobrevivência do retardo é inadmissível. O desafio agora é o de perseverarmos em nossa trajetória.
São evidentes os problemas e a complexidade de suas soluções. Os problemas não surgiram ontem mas, ao lado de nossas realizações, são fruto do longo processo de ingresso do País, no mundo da CT&I.
Entre tais problemas estão os de avançar no conhecimento e promover, ao mesmo, tempo, muito mais investimentos empresariais na inovação; aproximar a universidade e os centros de pesquisa e as empresas de base tecnológica; conjugar o desenvolvimento científico-tecnológico com o desenvolvimento social; combinar variáveis distintas, mas indispensáveis: esforço nacional, desconcentração regional, integração nacional e cooperação internacional.
A ciência e a tecnologia são ingredientes necessários à construção da paz. A desconcentração global do conhecimento e da inovação é requisito básico da nova maneira de ver e organizar a ordem mundial, já que constituem a mola propulsora do progresso e devem ser um instrumento de inserção mais eqüitativa no mundo.
Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Dia do Bombeiro

No dia 2 de julho de 1856, foi assinado por D.Pedro II, o decreto nr. 1.775, que regulamentava pela primeira vez o serviço de extinção de incêndios no Brasil. Nesta época, ao som do badalar dos sinos, os incêndios eram apagados "mão-a-mão", ou seja, era feita uma corrente de pessoas, ficando a primeira na beira de um poço enchendo os baldes de água e as demais, passando adiante. Neste trabalho, eram engajadas todas as pessoas, velhos, moços e até crianças.
Dia do Bombeiro
Os primeiros 10 bombeiros foram treinados a trabalhar precariamente, em um carro puxado por cavalos onde carregavam as pipas d"agua.
Somente em 1887 é que os bombeiros passaram a receber equipamentos de boa qualidade, entre eles uma bomba com mangueira. Já em 1891, houve um aumento considerável no efetivo de homens, e até 50 aparelhos telefônicos foram instalados para facilitar e agilizar o serviço.
Além da cavalaria, foram também adquiridas seis bicicletas para fazer a ronda.
Nesta época, utilizavam-se cornetas para fazer os alarmes.
Na atualidade, os bombeiros desenvolvem muitas outras funções, além do combate ao fogo.
Eles socorrem vítimas de catástrofes naturais, resgatam cães e gatos presos em árvores ou telhados, e também atendem chamados para capturar animais soltos que oferecem perigo à população, como leões que fogem de circo, cobras, aranhas, etc...
Como "anjos da guarda" não têm folga, os bombeiros trabalham 24 horas por dia e comemoram o dia 2 de julho trabalhando.
Fonte: www2.portoalegre.rs.gov.br